Share This Article
Fique tranquilo(a), não haverá spoilers neste artigo! Arremessando Alto (Hustler, na versão em inglês) certamente está entre os maiores sucessos da Netflix de 2022.
Lançada no início de junho, a comédia dramática alcançou o posto de filme mais visto da plataforma logo na primeira semana do lançamento e permanece ainda hoje entre os filmes “em alta”.
O longa traz Adam Sandler em uma versão diferente, onde o humor divide a cena com a superação, a emoção e muitos ensinamentos sobre gestão de pessoas e RH, que separei em 4 lições (a última lição dessa lista, pouca gente percebeu).
1 – Encontrar o Melhor de Cada Pessoa
Como olheiro de um time de basquete, Stanley Sugerman (Sandler), precisa literalmente caçar talentos para apresentar aos dirigentes do time.
Isso inclui saber que muitas vezes os maiores talentos estão “escondidos” e que o responsável pelo recrutamento, seleção ou mesmo pelas movimentações internas precisará ir além das habilidades óbvias para encontrar o melhor de cada pessoa.
Isso é o que acontece quando Sugerman encontra Bo Cruz, um jovem da periferia com grande talento para o basquete, mas com pouca inteligência emocional, muitos bloqueios e soft skills a desenvolver.
2 – A Importância da Inteligência (e do Suporte) Emocional
Mesmo sabendo das dificuldades de Cruz, Stanley aceita o desafio de preparar o jovem para ser um astro da NBA. Seus superiores, no entanto, não concordam com a decisão e decidem não apoiá-lo.
O olheiro não desiste, arcando sozinho com os custos e dedicando-se integralmente a treinar o jogador. Entre um treino e outro – em uma clara referência ao clássico Rocky de 1976 – o maior exercício é mesmo o da inteligência emocional.
Com um olhar atento e cuidadoso, Sugerman identifica quais são as maiores dificuldades de Cruz e passa a desenvolvê-lo onde ele mais precisa.
Com a ajuda de Stanley, Bo aprende a acolher o seu passado, aceitar suas emoções e controlar seus impulsos, impedindo que qualquer um o tire do foco. Isso imediatamente nos leva para a terceira lição.
3 – O Papel da Liderança Positiva
Ao assumir a responsabilidade de treinar e desenvolver o jovem jogador, Stanley mostra a importância de uma liderança positiva e seus ensinamentos valem tanto para dentro das quadras, quanto para o universo corporativo.
Em vez de apenas dizer o que seu pupilo precisa fazer, Stanley se faz presente, orientando e acompanhando de perto o seu desenvolvimento. Ele também evita respostas prontas, permitindo com que as soluções partam, na maioria das vezes, do próprio aluno.
Por meio de histórias e do próprio exemplo, Sugerman se torna uma liderança inspiradora, que reconhece suas vulnerabilidades e encoraja Cruz a fazer o mesmo, desconstruindo a ideia de que ele precisa ser autossuficiente sempre.
Isso cria entre eles uma relação de confiança e respeito, encorajando Bo a confiar no seu próprio potencial e a depender cada vez menos da motivação extrínseca, encontrando suas próprias motivações dentro de si.
4 – Talento Não Substitui o Esforço
Essa é uma lição quase escondida deste filme, que pouca gente percebeu. Mas também é uma das mais importantes para gestão de pessoas e RH.
Em determinada cena, quando o jovem jogador está frustrado, desacreditado e pensando seriamente em desistir de ser um jogador profissional, Stanley se aproxima e diz:
“Obsessão supera o talento. Você tem muito talento, mas é obcecado pelo basquete? É só nisso que você pensa?”
Uma pessoa extremamente dedicada pode alcançar o sucesso mesmo sem ter talento, se for capaz de desenvolver as habilidades necessárias para o que almeja.
Por outro lado, uma pessoa talentosa que não se dedica, não se esforça e não busca, efetivamente, o que quer, dificilmente vai obter êxito.
E você já assistiu esse filme? Qual lição mais te marcou e por que?